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Discurso de Posse e Plano de Gestão do novo Secretário-Geral da CML


Comunidade dos Microestados Lusófonos

Secretariado-Geral

 

Discurso de Posse

 

Senhoras e Senhores Chefes de Estado e Governo,

Demais representantes e autoridades internacionais,

Caros colegas.

 

Hoje, assumo a honrosa responsabilidade de ocupar o cargo de Secretário-Geral desta organização que nasceu da II Conferência de Microestados Lusófonos (MICRON) em abril de 2020, em um ato idealizado por Sua Germânica Majestade; que nos deixou precocemente, e que será homenageado nesta noite, como uma reação conjunta, inteligente e oportuna pela tolerância no micronacionalismo frente aos ataques que sofríamos a época.

 

Lembro que nesta ocasião, ocorreu a maior concentração de micronações em duas décadas.

 

Na mesma época, se formou uma Assembleia-Geral com o propósito de criar uma organização internacional que contemplasse os valores da diversidade e do respeito às diferenças, do reconhecimento da soberania dos Estado, independentemente de sua vertente micronacional, da solidariedade, do repúdio ao preconceito e do diálogo em conflitos geopolíticos.

 

No mesmo período, mais precisamente, no dia 11 e 12 de abril de 2020, foi assinada uma Declaração conjunta, que ratificou os ideais da II Conferência de Microestados Lusófonos. Foi criada a Comunidade dos Microestados Lusófonos, dita CML – e com 75% dos votos, a Assembleia-Geral elegeu o primeiro Secretariado desta organização, à época, composta por Iugoslávia, Manso e Turquia.

 

A aprovação da Carta Constitutiva desta organização em 25 de abril de 2020, significou um marco histórico no micronacionalismo lusófono, na busca pela paz e pela cooperação internacional após os ataques de 2020 à dignidade do micronacionalismo e dos microncaionalistas lusófonos.

 

Esta carta estabeleceu as bases para a criação de nossa comunidade.

 

Os anos se passaram, trazendo consigo o peso do tempo e o desconforto das mudanças.

 

Nações desapareceram, encerraram suas atividades, outras nasceram, e adentraram de vez ao cenário internacional.

 

E outro desafio nos colocou em prova. O micronacionalismo do ano de 2020 até o hoje, viveu, ou talvez ainda vive, uma a crise da inatividade sem precedentes, que desafia não apenas nossa resiliência, mas também a nossa capacidade de inovação e adaptação. É em meio a estes desafios que a Kováquia conclama os Estados-membros, e as demais nações a agir com ânimo e determinação para encontrar soluções que possam conduzir-nos a resultados melhores.

 

É inegável que a crise de atividade seja um fator preponderante em nossas realidades. Vemos nações lutando para sobreviver, enfrentando incertezas quanto ao seu sustento e continuidade, sofrendo os impactos do tempo e do dinamismo. No entanto, é precisamente nestes momentos que devemos nos unir em busca de soluções transformadoras.

 

Como Secretário-geral, partilho com o Senhores, o nosso programa de gestão:

 

1.    Primeiramente, devemos reconhecer a importância de promover a políticas internacionais e retomar os diálogos diplomáticos que sempre funcionaram em nosso hobby como mais um combustível. Considero que, o regionalismo ou continentalismo dos últimos anos, enfraqueceu o diálogo geral entre as nações, limitando-nos a agir e viver o micronacionalismo somente entre vizinho. Nesta ocasião, faço lembrar que, nosso hobby é, além de “plural”, “virtual” e sem fronteiras. A CML será o ponto de encontro a reunir novamente diferentes micronações de todos os lugares do micromundo. 

 

2.    Apesar de meu incomoco com o regionalismo ou continentalismo dos últimos anos, reconheço que esse fluxo como uma realidade, e não menos importante, esta Secretaria-geral, criará convênios de cooperação internacional com os demais órgãos multilaterais do micromundo, como:

 

a.    Organização de Micromonarquias Lusófonas (OML);

b.    Comissão Internacional do Tratado de Queluz (Grupo de Queluz);

c.    Aliança dos Países do Oriente (APO);

d.    Congresso de Füssen

e.    Comunidade Atlântica

f.     E demais órgãos e organismos internacionais operantes.

 

3.    Tão logo breve este Secretariado-geral emitirá convites de adesão direcionados a todos os Chefes de Estado e Governo de micronações lusófonas e amigas, interessadas a compor esta organização, considerando ser esta, a principal comunidade e órgão internacional da lusofonia.

 

4.    Criar um site oficial que contribua para mais visibilidade, credibilidade e confiança no micronacionalismo, no objetivo de se atrair pessoas interessadas em nossa dinâmica. Além da possibilidade de se reunir nesta plataforma os atos normativos, documentos históricos e importantes de nossa organização, e consequentemente, de nosso hobby em geral, com vistas a criar um memorial das pessoas e nações que aqui passaram.

 

5.    Na oportunidade, criar também um grupo no WhatsApp, considerando ser a plataforma de interação mais utilizada no momento, para reunir todos os micronacionalistas amigos, com objetivo deste grupo ser a grande praça pública ou o meio mais convencional de comunicação de atos oficiais e propagandas dos governos, com vistas a se equiparar as antigas listas de e-mails e informativos do micronacionalismo da década passada, atualmente ocupada pelos grupos de Facebook, como o MicroEspress.

 

6.    Propor a criação de uma Comissão especial, com o objetivo de revisar e atualizar os dispositivos de nossa Carta Constitutiva, frente as mudanças dos últimos anos, na garantia da vigência de nossa Carta como um instrumento moderno e adaptado as necessidades do nosso tempo.

 

7.    Criar uma lista atualizada de micronações ativas e inativas, e propor a Assembleia-Geral, uma resolução de reconhecimento com a declaração dos Estados-membros quanto ao encerramento das atividades de determinadas micronações que já se encontram inativas, com vistas a reconhecer a desocupação do espaçamento geográfico, que possibilitará a criação de outros projetos micronacionais.

 

Estes são, alguns pontos em que consideramos importantes. E, somado a isso, devemos fortalecer nossos laços de cooperação internacional. Em um mundo interconectado, os desafios que enfrentamos não conhecem fronteiras. Portanto, é fundamental trabalharmos em conjunto nesta organização na qual temos a possibilidade de se viver a seriedade do micronacionalismo, compartilhando conhecimentos, recursos e experiências.


Devemos abraçar a inovação e a tecnologia como aliadas na superação da crise de atividade. Novas soluções digitais podem ajudar a impulsionar a eficiência, criar novos padrões e facilitar a inclusão de novos micronacionalistas.


Devemos manter um compromisso inabalável com os valores fundamentais da Conferência de Microestados Lusófonos e ratificados pela Carta Constitutiva desta Comunidade.


Somente através de uma abordagem holística e colaborativa podemos construir um futuro mais próspero para nossas nações, conscientes de que sozinho não se faz micronacionalismo.

 

Por fim, expresso aqui minha profunda gratidão pelo apoio que tenho recebido de todos Chefes de Estado, Governo e demais representantes e autoridades internacionais. O encorajamento, gestos de solidariedade e presença constante têm sido uma fonte inestimável de força e inspiração.


Meu desejo é que, possamos juntos continuar compartilhando contatos, trocas de ideias e experiências, fortalecidos pelo vínculo especial que nos une.


Meu cordial agradecimento.

 

Feito na Cidade do Manso, em 09 de março de 2024.

 

Sua Majestade,

O Kräl da Kováquia

 

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